sábado, 21 de novembro de 2009

Uma (con) fusão de pesquisas


Os sites de busca são ferramentas fundamentais para navegar pela Internet. Creio que todos, sem exceção, tem preferência por um pelo simples fato de confiar no serviço prestado. Eu, particularmente, uso o Google na maioria de minhas pesquisas. Porém, ultimamente, também tenho utilizado o Bing, da Microsoft, devido ao alto grau de eficiência em buscas, sobretudo, daquilo que é publicado em blogs, por exemplo.

Os demais, confesso, não tenho costume em acessar. Nos primórdios da Internet no Brasil, no fim dos anos 1990, utilizei bastante o Cadê. Hoje em dia, ele migrou para o Yahoo, que passou a usufruir do banco de dados desta que foi uma evolução dentro da rede de computadores no País.

Vamos ao que interessa. Cinco sites de buscas fazem pesquisa sobre o tema “crise na imprensa”. Os escolhidos? Google, Yahoo, Bing, Radar UOL e Clusty. Logo no início, uma comprovação assustadora: o Radar UOL utiliza aparentemente a mesma base do Google. A ordem dos fatores, no caso do Radar UOL, não altera o produto da concorrente.

Ainda baseando-se no Google: o site costuma realizar suas buscas de acordo com o perfil do usuário. O mesmo não ocorre em nenhum outro testado. O Yahoo apesar de mais organizado, faz sua pesquisa em textos de língua portuguesa, colocando uma matéria de um site angolano. No Google, todas as informações são provenientes do Brasil.

O Bing, por sua vez, coloca informações de blogs e descentralizadas das mesmas fontes – nas pesquisas, foram costumeiramente encontradas referências a textos do Observatório da Imprensa e da Abril.

O Clusty foi um caso à parte. Na pesquisa, apareceu desde vídeos a comentários em blogs, passando por textos em língua inglesa. Uma confusão que só me fez assegurar uma coisa: que o Google, de fato, continua à frente da concorrência, pelo maior conteúdo e pelo melhor resultado à pesquisa pedida.

Google Reader dá banho em editores de RSS, mas vê avanço do Twitter


A Google sempre primou pela qualidade de seus programas. O Google Reader não é diferente. Partindo desse princípio, não é complicado considerar o programa de leitura de feeds da gigante um avanço diante dos editores de RSS existentes no mercado.

O Google Reader prima pela praticidade. Basta apenas ter uma conta no Google para acessar o programa. Depois disso, a navegação e a pesquisa são realizadas de forma eficiente.

Ajuda o Reader o fato das opções e das ferramentas da Google serem utilizadas em perfeita harmonia – desde estatísticas até o compartilhamento de itens, sem contar, obviamente, na pesquisa de busca.

Do outro lado da história, os programas de RSS. Primeiramente, alguns são de procedência duvidosa. Em um primeiro momento, baixei um editor chamado RSS Publisher. Um erro. O programa não rodava e sequer baixou os feeds do site A Tribuna On Line .

Insatisfeito, parti por uma pesquisa pela Internet (e não foi pelo Google). Curiosamente, encontrei um editor bastante interessante: o FeedDemon 3.0. O programa tem quase 1MB, o que considerei leve. Ele não possui a harmonia do Google Reader com o conglomerado Google, mas suas ferramentas possibilitam uma garantia interessante de recepção de feeds, além de ser de fácil utilização.

O único porém é que esse programa é liberado por 30 dias. Depois, ele passa a ser cobrado – segundo informações da empresa detentora da marca, a mensalidade do FeedDemon 3.0 é de US$ 29,95.

Particularmente, o Google Reader, por tudo que pode oferecer, caiu nas minhas graças. Porém, desde o advento do Twitter, tanto o aplicativo do Google quanto os editores de RSS perderam um pouco de seu charme.

Além dos feeds serem colocados diretamente no microblog, a interação existente no Twitter acaba sendo um chamariz a mais. Hoje em dia, ser “seguidor” e poder entrar em contato com um portal é bem mais interessante do que somente a recepção de uma notícia. É a web 2.0 evoluindo também no campo dos feeds.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A revolução da web em plena evolução

Tudo tem início com um primeiro passo. Um Big Bang. De repente, uma explosão de criatividade e muita crença numa ideia evasiva revolucionaram a forma de comunicação da humanidade.

O plano nasceu há 20 anos. A partir do pensamento do físico inglês Tim Berners-Lee, a World Wide Web (em português, rede mundial de computadores e que hoje em dia conhecida intimamente como “www”) se solidificou, dia após dia, no cotidiano das pessoas. Tudo porque sua base, que inicialmente era de mão única, se tornou uma via dupla.

Explica-se. Nos primórdios da Internet, haviam poucas páginas disponibilizadas na rede. Foi a época em que os grandes portais se consolidaram. Entretanto, o conteúdo inserido neles era unidirecional – os sites produziam e divulgavam textos, sem nenhuma forma de interação. Esta época ficou conhecida como a era do Web 1.0.

O tempo desfez essa tirania. Os internautas passaram a ter o poder da informação em mãos. Qualquer um pode incluir textos em seus blogs, inserir vídeos no Youtube, colocar álbuns de fotos em sites de relacionamentos. Com a interação pública, nascia a Web 2.0.

Sites, blogs, fotologs, Wikipedia, YouTube, páginas de busca, RSS, tags... As pessoas podem, hoje em dia, ditar, editar e acreditar que tudo que ela insere na Internet é um documento vivo e disponível para quem navega pela rede mundial de computadores.

A Web 2.0 possibilitou uma impressionante troca de dados. Um fenômeno que sequer era imaginado na Web 1.0. Hoje, tudo o que surge numa página pode ser respondido e discutido. Antes, só era recebido.

E é essa interação que movimenta a Web 2.0. Na Web 1.0, o usuário era um ser passivo. Agora, ele pode dar sua opinião e criar seu próprio conteúdo, seja trocando informações em fóruns, escrevendo em blog, tendo um perfil em uma rede social, entre outros exemplos.

Adaptação dos sites jornalísticos

É bem verdade que o surgimento de várias ferramentas influenciaram essa tendência. Tanto que os sites tiveram que ceder à interatividade para seguir a onda da Web 2.0. Afinal, eles perceberam que a participação direta do internauta transformou radicalmente a Internet.

Algumas empresas chegam a ingressar com perfis e comunidades em sites de relacionamento, blogs corporativos e fóruns, visando a criação de uma identidade mais interativa que na era da Web 1.0. Isso as ajuda a se aproximar do internauta.

Nos sites jornalísticos, a abertura é maior do que na Web 1.0. As notícias trazem espaços para comentários, para discussão com o autor de uma matéria e enquetes. Isso sem falar em projetos que utilizam imagens e textos enviados por leitores, um processo cada vez mais usado nos dias atuais.

Porém, no âmbito jornalístico, pode haver um conflito de estilos entre profissionais do ramo de comunicação e blogueiros, por exemplo. Os jornalistas precisam cada vez mais se adequar e criar uma nova alternativa diante da avalanche de “ilustres desconhecidos” existentes por trás de um blog.

Atacar um blogueiro e desconfiar de alguma revelação feita em um blog é impedir a liberdade de expressão. A Web 2.0 permite isso. À imprensa, cabe assimilar essa informação, analisar a veracidade dela e se aprofundar no tema. Mas esse é só mais um passo de uma ideia que completa 20 anos – e que tem muitos caminhos para trilhar.

O início

O primeiro post deste meu novo blog faz parte de um exercício acadêmico de Jornalismo 2.0 aplicado pela Knight Center for Journalism in the Americas (um espetáculo de nome, não?!).

O exercício pedido é postar uma comparação entre Web 1.0 e Web 2.0. Para os mais desinteressados, pode parecer um assunto chato. Porém, se hoje vivemos ativamente no dito "mundo virtual", é porque mergulhamos à fundo nestas ferramentas.